A cultura de riscos é um dos temas mais debatidos em grandes empresas atualmente. O conceito visa reduzir perdas e gerar oportunidades a partir da gestão de riscos

A cultura, segundo a antropologia, é conjunto de padrões de comportamento, crenças, conhecimentos e costumes  que distinguem um grupo social. Trazendo para um contexto empresarial, o grupo social é a empresa, e ela é regida por esses conjunto de padrões a tornando única. Uma cultura é um organismo vivo que está em constante construção, sendo adicionado diariamente novos participantes, experiências e práticas.

As novas práticas tem o objetivo de evoluir processos e dar mais produtividade e resultados a corporação. Uma das práticas mais importante a serem implementadas é a de entender os riscos ao quais a empresa está suscetível. Risco é a probabilidade de ocorrência de uma ameaça ou perigo, que independe da vontade exclusiva dos envolvidos. Tais ocorrências geram consequências, que em sua maioria são prejudiciais. Quando trazemos a palavra para o contexto empresarial, os riscos são fatores internos e externos que podem afetar o atingimento dos objetivos estabelecidos por uma empresa. Assim, podemos considerar a gestão de riscos um grande desafio para todas as corporações.

A gestão de risco é o processo de identificar, mensurar, avaliar, monitorar, reportar, controlar e mitigar recursos humanos, materiais e financeiros, com o objetivo de minimizar os impactos dos riscos, gerando oportunidades de economia ou ganho para a corporação. É um processo de tomada de decisão a partir de incertezas que estão por vir.

Dessa forma, a gestão de riscos deve estar intrínseca na cultura da organização. Esta condição em um estágio maduro dá a empresa a oportunidade de, através de controles internos estruturados e comprometimento dos envolvidos aliados à ferramenta correta, diminuir impactos negativos causados por estes fatores (internos e externos).

Mas então a cultura de riscos e a gestão de riscos são a mesma coisa? Não! A cultura de risco é muito mais abrangente do que somente a gestão de riscos. Em resumo, a gestão faz parte da cultura.

A cultura de riscos deve contemplar um conjunto de normas, atitudes e comportamentos relacionados com a consciência de riscos assumidos e gerenciados pela empresa. Dessa maneira, é necessário que a empresa crie processos internos, políticas, balizadores, procedimentos e manuais, devidamente estruturados para que sejam implementados de maneira orgânica, ou seja, para que todos os profissionais possam executar, independente de sua área ou posição na hierarquia.